tag:blogger.com,1999:blog-67180347564539174862024-03-18T21:34:12.268-07:00Aula de Portuguêsadrianahttp://www.blogger.com/profile/11945617836665336330noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-6718034756453917486.post-68844353748425830352009-10-09T13:13:00.000-07:002009-10-10T06:31:29.715-07:00Exercícios de variedades linguísticasAs variedades lingüísticas<br /><br />Você se lembra desta música do grupo Mamonas Assassinas? Leia o texto:<br /><br />CHOPIS CENTIS<br />Eu "di" um beijo nela<br />E chamei pra passear.<br />A gente fomos no shopping<br />Pra "mode" a gente lanchar.<br />Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.<br />Até que "tava" gostoso, mas eu prefiro aipim.<br />Quanta gente, Quanta alegria,<br />A minha felicidade é um crediário nas Casas Bahia.<br />Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.<br />Pra levar a namorada e dar uns<br />"rolezinho",<br />Quando eu estou no trabalho,<br />Não vejo a hora de descer dos andaime.<br />Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger<br />E também o Van Damme.<br />(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)<br /><br /><br />1. Nessa música, o grupo intencionalmente explora uma variante lingüística. Para isso, cria uma personagem que teria determinadas características de fala.<br /><br />a) No primeiro verso (linha) da canção, foi empregado "di", em lugar de dei. Esse erro é muito comum entre crianças que estão aprendendo a falar, porque há outros verbos na língua com som parecido. Cite dois outros casos de verbos que terminam em i quando queremos indicar um fato passado.<br /><br />b) No terceiro verso, temos uma construção que está em desacordo com a norma culta. Identifique-a e reescreva-a em língua culta.<br /><br /><br />2. Pouco sabemos sobre a pessoa que fala nessa música, mas, por algumas pistas do texto, podemos imaginar. Na sua opinião, qual deve ser:<br /><br />a) o grau de escolaridade dela?<br />b) a profissão?<br />c) a classe social a que ela pertence?<br />d) os filmes a que normalmente ela assiste?<br /><br /><br />3. No 3o. verso da 3a. estrofe, é empregada uma gíria: "uns rolezinho". Imagine o sentido dessa expressão, a partir do contexto.<br /><br /><br />4. Existem alguns termos na letra da música que também podem nos dar pistas sobre a origem da pessoa que fala na música: "mode" e "aipim". Em que região do país esses termos são popularmente empregados?<br /><br />5. Criar um diálogo onde seja explorada a variedade linguística.adrianahttp://www.blogger.com/profile/11945617836665336330noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718034756453917486.post-83990567884884946512009-10-09T10:30:00.000-07:002009-10-10T06:55:26.734-07:00Português padrão e não padrão<span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Durante uma visita de férias a casa de sua tia Irene, Vera e suas duas amigas, Silvia e Emília, conhecem Eulália. Eulália, uma senhora simples que trabalha para tia Irene, foi alfabetizada já adulta e se expressa verbalmente sem observar estritamente as regras da gramática normativa. Esse fato causa estranhamento às três moças vindas da cidade de São Paulo e serve de ponto de partida para as lições que as garotas receberão de Irene, lingüista aposentada. Ao confrontar a reação zombeteira das moças ante os hábitos lingüísticos de Eulália, Irene traz à discussão questões como </span><a class="tags" onclick="javascript:counttag('Preconceito', 1, 489248)" href="http://www.blogger.com/tags/preconceito/"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">preconceito</span></a><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"> lingüístico e </span><a class="tags" onclick="javascript:counttag('Ideologia', 1, 489248)" href="http://www.blogger.com/tags/ideologia/"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">ideologia</span></a><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">.Marcos Bagno, mediante esta novela de cunho didático apresenta de forma clara e acessível alguns conceitos da sociolingüística, tais como a noção de variação e mudançalingüística e fenômenos como redução de ditongos, processo de rotacização e arcaísmos no português do Brasil. O livro revela-se como ferramenta importante para uma reflexão mais ampla sofre o papel social da lingiagem verbal e a relação entre língua e poder. Indicado pra estudantes iniciantes de Letras e todos aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre esse ramo da lingüística que se ocupa da linguagem que efetivamente é utilizada pelos membros dos diversos estratos sociais.<br /><br /></span><br /><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkatWDprPlI1jdbEJ-ibhuYkinoZnS2NHkHxgzdPrB46wbDPgLAztxc2ClHK0LkL0fj0u4ky1She7D-9SV_5lWEAfWNLT5ruoNkgLJR5GmKOa_PGavMzbw1Qo2sImPNdMbPEyikk9UOjw/s1600-h/chico.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5390663851974416882" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 112px; CURSOR: hand; HEIGHT: 159px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkatWDprPlI1jdbEJ-ibhuYkinoZnS2NHkHxgzdPrB46wbDPgLAztxc2ClHK0LkL0fj0u4ky1She7D-9SV_5lWEAfWNLT5ruoNkgLJR5GmKOa_PGavMzbw1Qo2sImPNdMbPEyikk9UOjw/s320/chico.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">A Teresa, da turma 64, escolheu outra variedade coloquial: a linguagem típica do interior. Ficou muito bom!- E aí, pião, que ocê tava fazenu?- Ah, Rordigu, eu tava montando naqueli cavalo, sô!- Aqueli lá<br /><br /></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkatWDprPlI1jdbEJ-ibhuYkinoZnS2NHkHxgzdPrB46wbDPgLAztxc2ClHK0LkL0fj0u4ky1She7D-9SV_5lWEAfWNLT5ruoNkgLJR5GmKOa_PGavMzbw1Qo2sImPNdMbPEyikk9UOjw/s1600-h/chico.jpg"></a><br /><br /><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">que nóis tava falanu otro dia?- É, aqueli mesmo, o Pertinho. Corri mai rápidu cuma raposa, sô!- Ah... um dia vô vê essa belezura!- Então, Renato, o que você tem feito?- Eu tenho montado no meu cavalo.- Aquele sobre o qual nós estávamos falando outro dia?- É sim, o Pretinho. Ele corre muito!- Um dia quero conhecer esse cavalo.<br /><br /><br /><br /><span style="color:#3333ff;">NORMA PADRÃO</span>-Olá, chefe, você me chamou?-Chamei, sim, Edu. Eu tenho um trabalho para você fazer.-Qual seria o trabalho, chefe?-Eu vou pedir para você refazer o trabalho do Almir.-Chefe, sem querer ofender, mas o trabalho dele está ótimo!-Eu sei, é só para você fazer alguma tarefa...<span style="color:#3366ff;">Varidade INFORMAL</span>-E aí, maluco, pediu pra eu colá aqui?-Pedi sim, truta, tenho um trampo aí pro meu chegado.-Que trampo seria, meu querido?-Eu vou falar pra você fazer de novo o trabalho do truta ali.-Mano, você me chamô aqui só pra fazê um trabalho que já tá feito?-Eu sei, é só para o meu querido trabalhar...<br /><br /><br /></span><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"><strong>Língua (Usos culto, coloquial e popular - gíria)<br /><br /></strong>A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais:<br />1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma lingüística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário;<br />2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.<br />Norma culta<br />A norma culta, forma lingüística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica. Temos, assim, à guisa de exempliflcação:<br />Estou preocupado. (norma culta) Tô preocupado. (língua popular) Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)<br />Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das normas da língua culta.<br />O conceito de erro em língua<br />Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele falar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta. Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola. Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do tipo:<br />Eu não vi ela hoje. Ninguém deixou ele falar. Deixe eu ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuse! Não assisti o filme nem vou assisti-lo. Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.<br /><br /></span></span><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"><strong>Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem<br /></strong>A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada.<br />A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a evoluções.<br /><br /></span></span><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkatWDprPlI1jdbEJ-ibhuYkinoZnS2NHkHxgzdPrB46wbDPgLAztxc2ClHK0LkL0fj0u4ky1She7D-9SV_5lWEAfWNLT5ruoNkgLJR5GmKOa_PGavMzbw1Qo2sImPNdMbPEyikk9UOjw/s1600-h/chico.jpg"></a><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dw5lXANmJpt1Tjf7e0jM61hRoPTApzFL4v0ZEwdE7LlI0mer_Cy_x9V7u92AJsB0AsZN7nkerq3ph8ICP_0BQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>adrianahttp://www.blogger.com/profile/11945617836665336330noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718034756453917486.post-62990467400535028452009-10-08T11:51:00.000-07:002009-10-10T06:50:46.911-07:00Variedade Linguística<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHeQPZRYb8-CiSrVHGZp4Axk2RULhMlsYEsN8B53nPK9ldawxaMolfI5rRvDrrjXeQOD6V0R47VS4l9WAbvY8tWrBdcsSsbJLdcHjBobd7c8fwRKHIXdMPgD96ORqW6ycNvl7q_8-3ld8/s1600-h/13599323.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5390326865195667314" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 205px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHeQPZRYb8-CiSrVHGZp4Axk2RULhMlsYEsN8B53nPK9ldawxaMolfI5rRvDrrjXeQOD6V0R47VS4l9WAbvY8tWrBdcsSsbJLdcHjBobd7c8fwRKHIXdMPgD96ORqW6ycNvl7q_8-3ld8/s320/13599323.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;">Hoje sabemos que não existe apenas uma forma de falar ou de escrever, existem várias, e a elas podemos chamar de variedades linguísticas.<br />A língua não é usada de modo homogênio por todos os falantes. O uso da língua varia de época, classe social conforme a situação, a pessoa pode usar diferentes variedades.</span> </span></span></div><div><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">A escola precisa entender que o aluno chega lá falando o português de sua comunidade, que geralmente é uma variedade não padrão, e o papel do professor é acrescentar e não substituir a norma culta da língua ao aprendizado da criança. Infelismente somos um país em que boa parte da população não tem acesso a educação. E com isso muitas pessoas não conseguem usufruir de todos os seus direitos, exatamente pelo fato de não conhecerem o português padrão.</span></div>adrianahttp://www.blogger.com/profile/11945617836665336330noreply@blogger.com0